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sábado, 15 de junho de 2013

Manifestação em Brasília mostra indignação com os desmandos da organização da Copa

Hoje (15/06) Brasília se somou aos protestos que estão ocorrendo no país inteiro. Mais de 5 mil pessoas mostraram indignação com os gastos para a construção do Estádio Nacional de Brasília, onde foi feita a abertura da Copa das Confederações. O ato também foi em solidariedade às manifestações contra o aumento das passagens nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia.

Foi um balde de água fria na festa que o governo fez para justificar a gastança de mais de um bilhão de reais com um estádio que vai ser usado apenas na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. A indignação chegou dentro do estádio, com milhares de pessoas vaiando à presidenta Dilma Rousseff, que sequer conseguiu fazer seu discurso.

A polícia, como sempre, reprimiu. Pessoas foram feridas por cassetetes e balas de borracha, muito spray de pimenta e bombas de gás lacrimogênio e efeito moral, com um saldo de 26 manifestantes feridos e 32 presos. A manifestação começou com a pessoas andando pacificamente no Eixo Monumental, principal via da cidade, chegando à entrada do estádio. Quando os manifestantes começam a se dispersar os policiais começaram a agir com violência.

Isto não tirou o ânimo dos trabalhadores e da juventude. O PSTU-DF repudia agressões da polícia na manifestação e no ato “Copa pra quem?”, acontecida no dia anterior, e se solidariza com manifestantes presos. Esta é a primeira de muitas manifestações aqui na cidade que vão denunciar a maneira como as obras da Copa das Confederações e do Mundo foram conduzidas e repúdio à repressão e à precariedade dos transportes públicos.

Povo reage

A manifestação mostra que o povo não vai ficar cego com a festa armada pela FIFA e pelo governo Dilma. Em todo o país a população tem se mostrado indignada com o aumento do preço dos alimentos, das passagens e com os gastos indecentes dos estádios da Copa do Mundo. A popularidade de Dilma já caiu 10% nos últimos dias.

O futebol é uma paixão nacional. Mas isto não é desculpa para que o governo gaste bilhões de reais em um evento que só dura alguns dias. Além disso, o ingresso é caro e a maioria absoluta do povo só tem condições de ver o jogo pela televisão, como se a Copa fosse em outro país.


Militantes do PSTU marcam presença

Em Brasília, assim como em todo o país, a militância do PSTU tem marcado presença nos recentes protestos. Somos um partido voltado para a organização e ação da classe trabalhadora e a juventude. O partido é formado por estudantes, bancários, professores, metalúrgicos e trabalhadores de outras categorias que defendem um mundo livre, igualitário e socialista.

Respeitamos aqueles que não têm uma opção partidária. Mas repudiamos aqueles que não respeitam o direito democrático de uma pessoa a pertencer a uma organização. Alguns presentes no ato do dia 15 em Brasília tiveram uma postura autoritária e não queriam deixar a militância do PSTU se manifestar. Esta postura só ajuda a polícia, o governo e a classe dominante, pois divide os lutadores.

O preconceito contra os partidos tem a sua justificação histórica, tanto pelo papel de aluguel das legendas burguesas, como pela nefasta atuação dos principais partidos da esquerda brasileira (PT e do PCdoB), que capitularam à democracia dos ricos e estão à frente dos governos (inclusive à 10 anos no governo federal com Lula e Dilma e agora no GDF com Agnelo), levando também às principais entidades do movimento social brasileiro (UNE, CUT, etc) à paralisia. Esse repúdio contudo não pode impedir os trabalhadores e juventude de se organizar para enfrentar a burocracia sindical e a burguesia, que age centralizada e internacionalmente com suas forças armadas e midiáticas. Para enfrentar esse inimigo poderoso é preciso organização à altura.

Temos orgulho de militarmos no PSTU. Temos orgulho de levantar nossa bandeira e mostrar que somos um partido que não se vendeu.  De um partido que defende as lutas cotidianas da classe trabalhadores e segue firme na luta nos sindicatos, movimentos contra opressões, entidades estudantis e populares. E também defende uma transformação radical na sociedade. Milhares de pessoas morreram no Brasil defendendo liberdades democráticas e poder levantar bandeiras. Por isto hoje não abrimos mão de defender nosso partido e nosso programa político.

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Atualizado em 17/06/2013 às 16h22

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