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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

PSTU Brasília participa do congresso estadual do PSOL


Rodrigo Dantas representando o PSTU fala ao congresso
regional do PSOL
No último domingo, dia 03 de novembro, o PSTU regional de Brasília, foi convidado a participar da primeira parte do Congresso Estadual do PSOL, que entre outras pautas, visava a decisão sobre o lançamento de Toninho à pré-candidatura ao Governo do Distrito Federal em 2014.

Representando o partido falou Rodrigo Dantas, professor de filosofia da UnB e militante do PSTU. Na sua intervenção, após uma pequena análise de conjuntura que trazia as modificações no cenário político nacional a partir das grandes mobilizações de junho e os desafios colocados para os partidos de esquerda do Brasil nas eleições de 2014, Rodrigo Dantas ressaltou a necessidade de construção de uma alternativa para os trabalhadores do Distrito Federal, independente política e financeiramente dos empresários e partidos de direita.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Manifestação do 07 de setembro é reprimida pela polícia

O dia 07 de setembro em Brasília foi marcado por mobilizações populares e repressão policial. Um grupo de manifestantes sofreu violência quando tentava chegar parto do Estádio Nacional de Brasília, onde aconteceu o jogo do Brasil contra a Austrália.

Pela manhã foi feita manifestação foi em frente ao congresso nacional. As pessoas puderam mostras com irreverência o repúdio á corrupção que reina o congresso nacional. Estudantes empunharam uma faixa contra "os Donadons do PT e da direita" Donadon é um deputado que está preso e ainda continua com o mandato.

À tarde, os manifestantes foram até o Estádio. Depois de ser impedidos de chegar perto do estádio, um grupo foi para perto da sede da Rede Globo. A polícia cercou os manifestantes, não deixando ninguém sair. Ali começaram as primeiras prisões arbitrárias. Os manifestantes depois tentaram passar pelo bloqueio policial próximo ao estádio. Mesmo depois de já dispersar a manifestação, a polícia continuou atacando com tiros de borracha, bombas de gás lacrimogênio e carros.

Nossa militância estava nas manifestações defendendo a prisão e o confisco de bens dos corruptos e a auditoria nas contas do Estádio Nacional de Brasília. Confira as falas de nossos companheiros


Rodrigo Dantas, professor da UnB 



Luth, da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel)





Robson, professor e membro da oposição ao Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF)




quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Todo apoio à ocupação da CLDF! Fora todos os corruptos!


Em 2009, centenas de estudantes e trabalhadores ocuparam durante dias a Câmara Legislativa do Distrito Federal. A principal reivindicação do movimento era a derrubada do então governador José Roberto Arruda e dos deputados envolvidos no grande escândalo de corrupção que ficou conhecido como “mensalão do DEM”.
Após a vitoriosa ocupação, o movimento conseguiu derrubar o ex-governador Arruda. Porém, até hoje os corruptos continuam soltos. Alguns deles, inclusive, permanecem exercendo seus mandatos parlamentares como se nada tivesse acontecido!
Durante sua campanha eleitoral, Agnelo prometeu um “novo caminho” para o DF. Todavia, o que se viu durante seu governo foi justamente o contrário: alianças espúrias com a direita e a perpetuação da impunidade e da corrupção. Nenhum dos envolvidos na “Caixa de Pandora” foi punido. Agnelo e o PT escolheram governar o DF com o PMDB de Fillipelli, Rôney Nemer e cia, virando as costas para os trabalhadores e para a juventude!
Em 2013, a juventude que derrubou Arruda voltou a se levantar durante as grandes manifestações de Junho e Julho. Agora, é hora do povo voltar às ruas para fazer o que Agnelo não fez: punir todos os corruptos e corruptores que desviaram dinheiro público!
Todo apoio à ocupação da CLDF!
Fora Aylton Gomes, Benedito Domingos, Rôney Nemer e todos os corruptos da CLDF!
Prisão e confisco dos bens de todos os corruptos e corruptores!
Financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais!
Salário de um deputado igual ao de um professor!
Revogabilidade dos mantados!
Nem a direita, nem o PT: trabalhadores no poder!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O primeiro passo foi dado para a formação de uma Frente de Esquerda nas ruas, nos movimentos e nas eleições!


No dia 01 de agosto, com o vitorioso debate organizado pelo PSTU em conjunto com o PSOL e o PCB, demos o primeiro passo na construção de uma Frente de Esquerda no DF. A ideia de que precisamos construir uma ampla frente de esquerda nas ruas, nas lutas, nos movimentos e sindicatos e nas eleições deu a tônica da atividade, pautada pela compreensão de que vivemos um momento histórico que exige, mais do que nunca, a unidade da esquerda socialista.

Sem ela, não poderemos estar à altura dos desafios que nos colocam a situação histórica que se abriu no país com as maiores mobilizações de massa em muitos anos. As bandeiras levantadas nas ruas por milhões são as mesmas que há décadas levantamos todos os dias nas lutas históricas da classe trabalhadora e da juventude. São também as mesmas que foram sacrificadas pelo governo do PT no altar de sua aliança com os interesses que há mais de 500 anos governam o Brasil em prol de uma minoria cujo enriquecimento se nutre do suor de nosso trabalho e da imensa riqueza socialmente produzida por todos nós!  
 
A jornada de mobilizações iniciada em junho de 2013 foi apenas o começo de nossa luta. Para que possamos avançar, temos de estar conscientes de que, para mudar o Brasil, será necessário nos organizarmos. Será preciso construir, no próximo período, assembleias, comitês e outras formas de auto-organização em nossos locais de estudo, trabalho e moradia. Para que nossa luta seja vitoriosa, precisamos unificar as ruas, a juventude, os movimentos sociais e populares e a classe trabalhadora organizada em torno de um programa comum que expresse a luta histórica que travamos em defesa de nossas necessidades e direitos. A Frente de Esquerda só terá sentido se estiver a serviço de impulsionar, unificar, fortalecer e expandir conscientemente este processo. 

Não haverá saúde, educação e transporte público de qualidade enquanto estes serviços continuarem privatizados e bem mais da metade do orçamento público continuar a ser dirigido, das mais diversas formas, para financiar os lucros dos capitalistas. Nenhuma das reivindicações das ruas pode ser atendida sem uma política econômica que, pela primeira vez, coloque os imensos recursos do país a serviço dos direitos e necessidades dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre. Os dez anos de governos petistas em aliança com a burguesia e o imperialismo e os dois anos e meio do governo Agnelo em coligação com a burguesia patrimonialista do DF e a direita rorizista representaram a mais clara demonstração de que não será possível mudar este país governando em aliança com os poderosos interesses estabelecidos, nos marcos de suas leis e instituições carcomidas e das “regras do seu jogo”, e se valendo de seus próprios métodos e práticas, que hoje são repudiados em massa nas ruas de todo o país.    

É hora de virar esta página. É hora de dar um passo adiante na construção da necessária unidade dos que lutam para mudar este país. É hora de construir uma alternativa que nos coloque para além da falsa polarização entre o PT e a direita e nos permita construir a mais ampla unidade dos lutadores e lutadoras deste país em torno de um programa e uma política comum. Uma alternativa a ser construída e impulsionada cotidianamente, nas ruas e nas lutas cotidianas, pelo que há de melhor na juventude e na classe trabalhadora do país.  

 

Nem direita nem PT – por um governo dos trabalhadores!
PSTU-DF
 Brasília, 06 de agosto de 2013

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Partidos de esquerda fazem debate em Brasília para discutir unidade

Nesta quinta-feira (01) mais de 100 pessoas reunidas em Brasília provaram que é errada a anedota que diz que “a esquerda só se une na cadeia”.  Militantes do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Partido Socialismo e Liberdade  (PSOL) e Partido Comunista Brasileiro (PCB) fizeram um debate para discutir a unidade no atual momento político do Brasil.  O evento foi feito na sede do sindicato dos trabalhadores das escolas técnicas federais (Sinasefe).

Participaram da mesa do debate os três candidatos a governador pelo Distrito Federal da esquerda nas eleições de 2010: Rodrigo Dantas (PSTU), Toninho (PSOL) e Frank Svensson (PCB). Eles discutiram a nova realidade do Brasil depois das grandes mobilizações de junho e como a esquerda pode debater sua pauta com as milhões de pessoas que foram às ruas.

“O PT perdeu a direção e o monopólio das ruas” disse Rodrigo Dantas, falando sobre as últimas mobilizações. Segundo ele, o momento político está em aberto, abrindo espaço para que a esquerda possa aumentar o diálogo com a sociedade. Para ele, houve uma mudança de consciência do brasileiro, que tinha a sensação que o Brasil estava se desenvolvendo, mas “acordou e viu que vivia com dinheiro emprestado”.

Rodrigo disse que a esquerda deve lutar pela ruptura com a atual política econômica, que faz com que metade do orçamento do governo seja desviado para pagamento de dívida. Para isto, ele defendeu a união dos movimentos que estiverem nas ruas recentemente com as organizações históricas da classe trabalhadora. Um primeiro teste será o dia de paralizações que está marcado para o dia 30 de agosto.

Toninho do PSOL falou do momento histórico em que vivemos e como isto favorece a unidade dos vários grupos de esquerda. “É importante caminharmos juntos, este espaço deve ter continuidade”, disse o ex-candidato a governador. Ele também falou sobre o debate que começa em torno de uma alternativa para as eleições de 2014 no Distrito Federal.

Frank Svensson, do PCB, falou sobre o momento de crise em que o capitalista passa e do fato de ser impossível hoje fazer uma aliança com a classe dominante. “O capital nacional hoje é sócio do capital internacional”, explicou. Ele também ressaltou a importância de um polo unitário dos partidos de esquerda, que defenda o socialismo.

Vários militantes dos partidos também puderam falar. Foi debatida unidade em torno de lutas como a defesa da forma agrária, o combate às opressões, a construção de alternativas para o movimento sindical, entre outros. Ao final, a juventude dos partidos se uniu na mesma palavra de ordem: “frente de esquerda é para valer, para derrubar a direita e o PT”. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Dia 01 tem debate sobre a unidade da esquerda socialista, participe!

Nas maiores manifestações de massa desde a luta contra a ditadura militar, milhões de pessoas nas ruas do país protestaram contra todos os governos e poderes constituídos. Levantamos as bandeiras da saúde, da educação e do transporte público. Exigimos serviços públicos gratuitos e de qualidade. Manifestamos nossa rejeição indignada a todos os governos e a um sistema político corrompido e completamente dominado pelos poderosos interesses econômicos estabelecidos. As bandeiras levantadas nas ruas por milhões de pessoas são as mesmas que há décadas levantamos todos os dias, em todas as lutas históricas da classe trabalhadora e da juventude. São também as mesmas que foram sacrificadas pelo governo do PT no altar de sua aliança com os mesmos interesses que há mais de 500 anos governam o Brasil em prol de uma minoria cujo enriquecimento ostensivo se nutre do suor de nosso trabalho e da imensa riqueza socialmente produzida por todos nós!

Dissemos em alto e bom som que não sairemos das ruas enquanto não formos capazes de transformar este país. A jornada de mobilizações iniciada em junho de 2013 foi apenas o começo de nossa luta pela justiça social no Brasil e no mundo. Não podemos sair das ruas. Mas precisamos estar conscientes de que, para mudar o Brasil, será necessário nos organizarmos para isso. Será preciso construir, no próximo período, assembleias populares, comitês e outras formas de organização em nossos locais de estudo, de trabalho e de moradia. Para que nossa luta seja vitoriosa, precisamos unificar as ruas, a juventude, os movimentos sociais e a classe trabalhadora organizada em torno de um programa que expresse a luta que travamos em defesa de nossas necessidades e direitos. Nossa força nos dá a certeza de que é possível e necessário lutar, de que é possível e necessário vencer!    

Mas para lutar e vencer, precisamos, mais do que nunca, construir a unidade de todos os que lutam contra os governos e os patrões! É com a convicção da necessidade histórica da unidade entre as forças da esquerda socialista que PSOL, PCB e PSTU convidamos todos e todas para o Seminário “A esquerda se unifica nas ruas e nas lutas”. Venha discutir conosco a nova situação nacional e a necessidade de construir nas ruas um programa e uma alternativa para a cidade e para o país. Vamos construir a frente de esquerda, nas ruas, nas lutas, nos movimentos e nas eleições!  

terça-feira, 16 de julho de 2013

PROGRAMA “MAIS MÉDICO” E O REAL PROBLEMA DA SAÚDE NO BRASIL

Por Jorge Henrique, Enfermeiro da Secretaria de Saúde do DF

Nos últimos dias a Presidente Dilma e o Ministro da Saúde Alexandre Padilha vêm anunciando uma série de medidas que supostamente seriam para contornar o caos da saúde pública no Brasil. Na última terça feira, dia 09/07, o governo federal publicou no Diário Oficial da União a medida provisória e os editais com as regras do programa "Mais Médicos", que visa ampliar o número de profissionais de saúde em municípios no interior e nas periferias das grandes cidades. A estimativa do governo é oferecer 10 mil vagas para médicos brasileiros e estrangeiros com incentivos de uma bolsa federal de até R$ 10 mil.

No atual cenário em quemobilizações multitudinárias estão sacudindo o País, o governo, de forma demagógica, tenta canalizar a pressão que vem das ruas para dentro do palácio do planalto ao anunciar medidas emergenciais que nada vão mudar o caos vivenciado pela saúde pública no Brasil. Uma mudança no SUS só pode se dar nos marcos de uma política econômica que coloque como prioridade o atendimento às demandas da população que há anos sofre com a falta de atendimento.

O sucateamento da Saúde e a lógica da privatização

Desde o processo de redemocratização do País, os governos, de Collor à Dilma, favoreceram e favorecem a mercantilização da saúde e fortalecimento da iniciativa privada do setor.  Isenção de impostos para hospitais privados e o subsídio aos planos privados de saúde comprovam categoricamente que a saúde pública no Brasil não é a prioridade dos governos.

Ao longo dos anos, os recursos do SUS foram sendo progressivamente redimensionados para a iniciativa privada através de convênios e contratos, que nada mais é do que a compra de serviços altamente lucrativos para os empresários da saúde. Do total de internações realizadas no setor privado entre os anos 2000 e 2010, 74,5% foi custeada pelo SUS; do total dos recursos públicos do SUS destinados aos procedimentos hospitalares e à produção ambulatorial, 57,33% foi destinado à rede privada contratada e apenas 43,52% à rede pública.

Em junho deste ano o Ministério da Saúde fez o lançamento do PROSUS, um programa que visa quitar as dívidas das instituições privadas filantrópicas que atuam na área da saúde com a contrapartida destas instituições aumentarem em até 5% o atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo nota publicada no próprio site Ministério da Saúde “emum ano, os incentivos pagos aos principais hospitais filantrópicos para o atendimento de usuários do SUS saltaram 185%, chegando a R$ 968,6 milhões em 2012, contra R$ 340 milhões em 2011. Nos últimos cinco anos foram feitos quatro reajustes, sendo dois só em 2012”. Enquanto isso, todos os anos a rede pública de saúde tem que se contentar com os parcos recursos destinados ao setor.

Aliados das corporações privadas de saúde, a mídia e o governo sempre alimentaram a ideia de que o problema do SUS se resume à má gestão dos serviços. Os que propagam isso são os mesmos responsáveis pelo sucateamento do setor. Eles utilizam intencionalmente o status de má qualidade dos serviços de saúde para justificar as privatizações.

Seguindo essa lógica, as propostas de flexibilização da gestão pública com a implementação de modelos organizacionais aumentaram nos últimos anos no País. As Organizações Sociais (OSs) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), criadas pelo governo de FHC; as Fundações Estatais de Direito Privado (FEDPs), proposta apresentada pelo governo Lula, mas em curso no Governo Dilma; e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), criada em 2011 pelo governo Dilma, para gerenciar os Hospitais Universitários, estão aprofundando a precarização do trabalho em saúde ao reafirmarem uma lógica mercadológica para os profissionais, que passam a ter metas de atendimentos com contratos precários e sem estabilidade. Além disso, entregam os equipamentos, serviços, trabalhadores, recursos públicos e a gestão para as entidades de direito privado. 

O financiamento e os programas pra saúde: Mais do mesmo

A Lei Complementar 141, sancionada por Dilma em 2012, assegura que o Orçamento Federal da saúde só pode variar de acordo com o crescimento do PIB. Em 2013, a previsão era a redução do PIB para 2,5%. Ou seja, o que será gasto esse ano com a Saúde deve respeitar o teto estipulado com a variação do crescimento do PIB, o que é muito pouco ou quase nada para a Saúde.

Pra piorar foi prorrogada até 2015, a DRU (Desvinculação de Receitas da União), que permite ao governo retirar até 20% do orçamento da Seguridade Social etransferir para compromissos que não tem nenhum vínculo com a boa manutenção dos serviços públicos no Brasil.Um destes compromissos é o pagamento de juros da dívida pública aos banqueiros nacionais e internacionais, que já consomeem torno de 47% da receita da federação.

No ano passado o PT frustrou a maioria daqueles que ainda acreditavam que era possível reverter o problema da saúde, ao aprovar junto a sua base aliada a PEC 29 sem uma definição mínima dos gastos federais com a saúde pública.

A recente votação pelo Senado do projeto que destina 25% dos royalties do pré-sal para a saúde, gerou expectativas em muitos que acreditam que essa medida irá mudar os rumos da saúde no País. Mas a estimativa feita pela Auditoria Cidadã da Dívida é que,em 2022, o valor que será acrescentado ao orçamento da saúde equivale apenas 0,4% do PIB. Um valor do tamanho da preocupação dos governadores com a Saúde – quase zero.

No final das contas o Brasil investe em saúde apenas metade do valor mínimo necessário para sistemas de saúde universalizados. Conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde) este valor deve ser 6% do PIB do país.

No momento o governo se vê acuado com as mobilizações que estão sacudindo o País e de forma demagógica “tira de dentro da cartola” medidas que,como um passe de mágica,tentam ofuscar, aos olhos da população, aquele que é o problema crônico da saúde pública no País: a falta de financiamento.

O programa Mais Médico tenta colocar a culpa do caos vivenciado pela saúde na falta de médicos no interior e nas periferias da cidade. Apesar de ser um fato a falta de médicos na rede, o caos da saúde não será resolvido com medidas emergenciais como essas, pois faltam médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas. Soma-se à falta de profissionais, a precária situação dos hospitais, que não contam com leitos suficientes para internação, equipamentos para exames e insumos básicos para realização de cirurgias.

As medidas propostas pelo governo em nada alteram a realidade da saúde pública no país. Elas não expressam nenhuma mudança estrutural, que permita um maior investimento no setor ou que estabeleça uma ruptura da lógica mercantilista da saúde, a qual só privilegia o setor privado.

Por isso, as mobilizações que estão sacudindo o país devem ter como objetivo a conquista de um investimento mínimo de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Saúde, pois só dessa forma é possível garantiro financiamento exclusivo da rede pública estatal de serviços de Saúde. Além disso, é preciso sair às ruas comas seguintes bandeiras:

- Pelo fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU);
- Pela Auditoria da Dívida Pública;
- Contra os subsídios públicos aos Planos Privados de Saúde;
- Pela revogação da Lei 12.550/2011 que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH);
- Pela revogação da Lei 9.637/1998, que cria as Organizações Sociais (OSs);
- Pela anulação imediata da Proposta de Lei Complementar nº 92/2007, que propõe as Fundações Estatais de Direito Privado (FEDPs) para gerir todas as áreas sociais;
- Por uma política de valorização do servidor, isonomia salarial, estabilidade no trabalho e implantação de planos de cargos, carreiras e salários (PCCS);
- Concursos públicos para contratação de profissionais de todas as categorias da saúde.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Movimento sindical apresenta sua pauta em manifestação na capital federal



As centrais sindicais fizeram nesta quinta (11) um ato em Brasília levando a pauta de reivindicações da classe trabalhadora. Entre as cobranças levadas pelos cerca de 5 mil presentes, estava a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e melhorias na saúde e na educação.

A militância do PSTU marcou presença, principalmente com a juventude. A crítica aos governos do PT, que depois de 10 anos continuam com a mesma política econômica do PSDB, foi o tom da intervenção do partido. 

“Somos contra a política econômica do governo, que gasta metade do orçamento em dívida pública”, disse no carro de som Rodrigo Dantas, da CSP-Conlutas (Central Sindical Popular, Cordenação Nacional de Lutas). Para ele “o país vai mudar com a entrada em cena da classe trabalhadora”.

A paralização em Brasília não foi forte como em Porto Alegre, onde a cidade praticamente parou, mas teve um impacto. Servidores da Universidade de Brasília (UnB) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário pararam.

Alguns trabalhadores de outras categorias, como correios, pararam por conta própria, mesmo sem nenhuma divulgação por parte do sindicato. A CUT participou, mas não mobilizou sua base. A central domina praticamente todos os sindicatos de Brasília e poderia parar a cidade. 




quarta-feira, 3 de julho de 2013

Há os recursos para atender os manifestantes. Mas é preciso mexer nas empresas

Governo tem os recursos para atender os manifestantes, mas é preciso mexer nas empresas


Mobilizações pelo Brasil exigem mais saúde, educação e
 transporte público
por Almir Cezar 

As grandes mobilizações das últimas semanas pelo Brasil exigem mais saúde, educação e transporte público. Os pactos anunciados esta semana pela presidenta Dilma são efetivados por projetos já em tramitação no Congresso Nacional. A grande mídia ataca que para atender às demandas dos manifestantes, a União teria que gastar a mais a R$ 115 bilhões até 2020.

Negando a lógica da matéria, existem os recursos públicos que cubram o valor levantado pelo jornal Valor Econômico. Poderiam vir do não pagamento dos juros da dívida pública, que apenas em 2013 consumirá mais de 8 vezes desse valor. Também poderiam vir do superávit primário, cujo valor representa 93% do montante de gastos previstos pelo jornal.  Por sua vez, apenas nos últimos cinco meses de 2013, as desonerações liberadas pela equipe econômica, mesmo com baixo resultado em aquecer a economia, somam R$ 9,134 bilhões.

A grande mídia e o governo fizeram suas escolhas, tanto agora como antes, ficando ao lado dos empresários, banqueiros e multinacionais, em detrimento do povo da rua. Porém, os manifestantes terão que ir além do que conseguir o aumento das verbas públicas para saúde, educação e mobilidade, mas exigir do Governo  e do Congresso mudanças sobre as empresas que prestam esses serviços públicos.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Marcha em Brasília denuncia violações e corrupção da Copa das Confederações


Dando um "cartão vermelho" para a FIFA e organização da
Copa, em frente a Torre de Rádio e TV de Brasília
Na tarde deste domingo (30/06), dia da final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha, um grupo de manifestantes em Brasília, seguindo a convocação do Comitê Popular contra a Copa no Distrito Federal feita na véspera no encontro da Assembleia Popular dos Povos do DF, para denunciar as violações aos direitos, corrupção e os gastos com a Copa das Confederações e Copa do Mundo de 2014.

A concentração começou às 14h na Rodoviária do Plano Piloto, com confecção de cartazes e distribuição de panfletos. Em seguida, portando faixas, marcharam subindo a avenida Eixo Monumental até o parque da Torre de Rádio e TV e a Feira de Artesanato. No alto do mirante da torre foi afixado uma faixa com os dizeres "Copa pra quem?", enquanto os manifestantes circulavam em baixo cantando palavras-de-ordem.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Lei do Ato Médico: um ataque à Saúde Pública

por Jorge Henrique - enfermeiro da Secretaria de Saúde do DF

No dia 18/06, o Plenário do Senado aprovou o Projeto de Lei do Ato Médico, PLS 268/2002, que dispõe sobre a regulamentação da atividade médica no Brasil. O projeto, que tramita há onze anos e foi tema de 27 audiências públicas é alvo de críticas de estudantes e profissionais de mais de 13 categorias da Saúde, que enxergam o projeto como uma ameaça à saúde pública no Brasil ao ferir os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde, de universalidade, integralidade e equidade.

Nos últimos anos, os avanços no campo científico da medicina permitiu a criação de novos saberes e novas formas de fazer Saúde, considerando a multidisciplinaridade um aspecto fundamental no atendimento dos profissionais à população. Nessa perspectiva, o Projeto de Lei do Ato Médico não irá afetar somente as diversas profissões da Saúde, mas também irá afetar a população ao limitar o seu acesso à assistência realizada a estes, já que, em vários artigos do projeto, prever torna-se privativo do médico diagnósticos, procedimentos e escolhas terapêuticas relacionadas ao paciente, e que hoje são realizados por outros profissionais.

Infelizmente a lei do Ato Médico, que hoje está prestes a ser sancionado pela presidente Dilma, não respeita a autonomia das demais profissões da Saúde e se configura como um duro ataque aos princípios e à construção do SUS, que se construiu no conceito amplo de saúde, orientando a formação de equipes multidisciplinares no trabalho conjunto para cura, reabilitação e prevenção de doenças.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nova manifestação em Brasília mostra que movimento ainda tem fôlego


Militantes da ANEL empunharam desde cedo faixa do "Fora
Feliciano"
Cerca de 8 mil pessoas marcaram presença na Esplanada dos Ministérios desde à tarde de hoje (25/06). A nova manifestação em Brasília levou uma quantidade de pessoas menor que a última grande manifestação, na quinta-feira passada, mas o movimento mostra que ainda tem muito fôlego.

Após um marcha saída no início da tarde do Museu Nacional de Brasília, milhares pessoas se mantiveram aglomeradas em frente do Congresso Nacional, cantando palavras de ordem e empunhando faixas e cartazes. Após certo momento houve a repressão, a mais violenta desde o começo do movimento à duas semanas. Mais uma vez cerca das 10 da noite a polícia impôs o toque de recolher e expulsa todos com gás lacrimogênio e muita violência.

Apesar disto, a população não parece disposta a parar por hora com os protestos, mesmo que algumas reivindicações já tenham sido atendidas. Com novos atos e ações marcados pela internet e convocados pelos mais variados movimentos e pautas.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Tarifa zero é possível

A chave para um transporte público, gratuito e de boa qualidade 
são as planilhas de custos e o orçamento público *

Arenas esportivas construídas para Copa do Mundo 
por Almir Cezar **

Assustado com os protestos, prefeito de São Paulo Fernando Haddad, anunciou suspender reajuste no preço das passagens, porém, ainda mantém o discurso fiscalista, e insiste em que o aumento do subsídio às tarifas de transporte urbano deveria compensado. Contudo, essa Prefeitura destina R$ 3 bi/ano a gasto financeiro, esse gasto com juro é 60% do passe livre. 

Porém, o problema do preço da passagem não está no baixo subsídio, mas em reajustes acima da inflação, mantendo ou ampliando a margem de lucro dos empresários rodoviários. No Rio a passagem, corrigida pelos custos, custaria R$ 2, e não R$2,75 tanto pela inflação, como pela qualidade do serviço. 

Por sua vez, gastos de R$ 7 bilhões com estádios seriam suficiente para executar projetos de 1,4 mil km de ferrovias, e apenas a diferença entre o orçamento inicial das arenas e a despesa final, daria para ampliar enormemente a rede de metrô nessas cidades.

Portanto, um transporte público, gratuito e de boa qualidade é possível.

Haddad e Alckimin voltam atrás
A pressão sobre o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin aumentou depois que governos de várias cidades do país reduziram os preços das passagens. Várias cidades já haviam anunciado a redução de norte a sul do país: Blumenau (SC), João Pessoa (PB), Foz do Iguaçu e Curitiba (PR), Recife (PE), Cuiabá (MT), Porto Alegre e Pelotas (RS).

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Trabalhadores e jovens se reúnem na Assembleia dos Povos do DF

Centenas de jovens e trabalhadores reunidos na Assembleia
(FOTO: Agência ANOTA)
Na tarde de domingo (23/06), centenas de trabalhadores e jovens ativistas dos movimentos sociais organizados e independentes se reuniram, na sob intenso sol na praça do Conjunto Cultural da República,  na Assembleia dos Povos, para organizar e pautar no Distrito Federal, as manifestações da jornada de luta porque vem passando o país nos últimos dias.

Sentados em frente a Biblioteca Nacional de Brasília, com a ajuda de um pequeno sistema de som, a plenária tentava coordenar as ideias apresentadas por grupos diversos como MST, Marcha das Vadias, Acorda Brasília, CSP-Conlutas, Anel, coletivo Juntos, PCB,  PSTU e centenas de independentes.

domingo, 23 de junho de 2013

Marcha das vadias e marcha do vinagre marcam o sábado em Brasília


Vários movimentos feministas participaram da
Marcha  das Vadias em Brasília
O sábado foi marcado por duas manifestações em Brasília. Nas ruas do centro da cidade três mil pessoas fizeram a marcha das vadias, que já estava marcada com antecedência. Próximo ao Congresso Nacional, um número parecido de pessoas fazia mais uma "marcha do vinagre", protestando contra a corrupção.

Além de diferentes demandas, a cara de cada um dos atos foi diferente. A marcha das vadias reunia a militância dos grupos de esquerda. Gente que já tem uma tradição de organização e luta. Como no mundo todo, a manifestação denunciou a cultura do estupro, que culpa a mulher que é violentada, e levantou as bandeiras históricas do movimento feminista. 

Os militantes do PSTU de Brasília estavam em meio à coluna dos ativistas do Movimento Mulheres em Luta- MML, movimento de combate às opressões filiada à CSP-Conlutas. Portando, faixas que faziam menção ao repúdio ao Projeto de Lei 427-Estatuto do Nascituro e exigindo a saída do deputado federal pastor Marcos Feliciano da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e retirada do PL de cura gay aprovada nesta comissão.

Marcha do Vinagre
Já a marcha do vinagre reuniu pessoas que estão começando agora a se organizar, em sua maioria jovens. Foi algo parecido com a grande manifestação de quinta: sem uma direção clara, sem uma reivindicação definida. Foi um protesto basicamente contra a corrupção.  

Foi uma pena as duas manifestações não terem se juntado. Seria um grande ato contra a opressão, pedindo o Fora Feliciano e a punição dos corruptos. Do lado da marcha do vinagre, o repúdio aos grupos organizados. Do lado da marcha das vadias, a influência da militância petista, que não queria desgastar o governo.  O gigante acordou, mas ainda usa fraldas. 

Veja mais fotos:

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Brasília toda na Esplanada nesta quinta-feira (20/06)


Nesta quinta-feira (20/06) mais de 35 mil pessoas segundo a Polícia Militar encheram as avenidas de Brasília. Era possível ver jovens, idosos e famílias inteiras.

A marcha convocada pelo movimento Acorda, Brasília e divulgada espontaneamente pelas redes sociais. O ato comporia o dia de Jornada Nacional de Luta por todo o país. Começando pela Rodoviária do Plano Piloto e imediações do Conjunto Cultural da República, a manifestação seguiu até a Praça dos Três Poderes.

Ás 10 e 30 da noite a polícia dispersou os manifestantes sem nenhum motivo. A mesma coisa foi feita na segunda-feira. Deve ser medo que a população acampe na esplanada, seguindo o exemplo do que foi feito em outros países. No Egito, as pessoas ocuparam a praça Tahir e dormiram vários dias por lá. 

Espalhados pelo gramado do Congresso Nacional, barrados pela tropa de choque, os manifestantes cantaram gritos de protestos. A polícia reagiu com virulência lançando gás de pimenta e lacrimogênio. Com os ânimos acirrados, os manifestantes cercaram o Palácio do Itamaraty, vizinho do Congresso. A violência policial se intensificou, e parte dos manifestantes se dispersou, enquanto um parte voltou para frente do Congresso, 

A repercussão das ações em Brasília, nas capitais e maiores cidades brasileiras, fez com que a Presidenta Dilma convoque reunião com ministros para esta sexta-feira (21)  para analisar a situação e fará anúncio em cadeia de rádio e TV.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Brasília protesta contra a baixa qualidade do transporte público

Mais de 3 mil pessoas participaram da manifestação que aconteceu nesta quarta em Brasília em defesa da tarifa zero no transporte público e em solidariedade às manifestações pelo Brasil contra o aumento das passagens. O ato começou na Rodoviária e andou por algumas ruas do centro. Não houve incidentes

A Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel) marcou presença e defendeu a estatização do transporte público do Distrito Federal. O transporte só vai melhorar quando sair das mãos dos empresários e passar para o controle da população.

Durante a manifestação, os passageiros dos ônibus prestaram solidariedade e as pessoas nos carros buzinavam. O ato também comemorou a vitória no Rio e em São Paulo, cidades onde a tarifa diminuiu.

A situação caótica do transporte público em Brasília foi lembrada. A falta de ônibus, especialmente no período noturno, e a baixa qualidade do sistema foram lembrados. Os estudantes pedira a redução do preço das passagens em Brasília, que é uma das caras do país.

Mesmo depois do fim da manifestação, por volta das 20h na Rodoviária, as pessoas continuaram reunidas e queriam inclusive subir ao congresso nacional. Isto mostra o momento político que a gente vive. As pessoas não querem apenar contestar o preço das passagens. Querem contestar o poder.

Plenária convocada pelas redes sociais discute pauta das mobilizações em Brasília

Só estando lá para acreditar. Mais de 100 pessoas discutindo temas importantes para o país, convocadas pelas redes sociais, durante um jogo do Brasil. Foi nesta quarta, em Brasília, em frente à Biblioteca nacional. E vão se encontrar outra vez, nesse domingo (23/06), às 14h, no mesmo local.

Ficou bem claro que o movimento não é só contra o aumento das passagens. As pessoas reunidas começaram a montar uma pauta para as mobilizações que estão tomando conta do país.  Professor, bibliotecário, estudante, artista. Gente de várias profissões, em sua maioria jovem, se juntou para discutir temas que iam da demarcação de terras indígenas a diminuição da carga horária de trabalho.

Em vários casos as pessoas nunca participaram de um debate político. Isso não impediu que cada um falasse o que pensava. Um pente fino nos gastos da Copa do Mundo foi um dos principais temas. O Repúdio a proposta de cura gay aprovada no congresso ontem também. Na próxima reunião, o grupo pretende fechar uma pauta para ser levada ao Poder Público.

Um dos pontos abordados foi a liberdade dos próprios manifestantes de se assumir como membro de um partido. “Devemos diferenciar os pequenos partidos de esquerda daqueles partidos que estão no poder”, disse um ativista, que não era militante de nenhuma organização. A maioria foi contra o aparelhamento, mas também repudiou a repressão aos militantes organizados.

Se os jovens não têm uma direção definida, fica cada vez mais claro a simpatia pelas ideias de esquerda. Estatização do transporte público, reforma agrária, 10% do PIB para educação pública. As bandeiras que os movimentos sociais já levantam a muito tempo, agora defendidas por pessoas que nunca foram militantes políticos.


A mídia não deu muita bola. Afinal, os jornais só dão atenção aos atos mais violentos que acontecem na mobilização. A juventude vai para as ruas, mas também tem sede de debater um projeto de sociedade. Tem vontade de construir um programa político. O movimento, ao contrário do que se pensa, tem causa. 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Nota de esclarecimento: sobre a citação feita a respeito do PSTU no Correio Braziliense nesta segunda

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) existe desde 1992 e surgiu de grupos de esquerda que estavam insatisfeitos com os rumos do Partido dos Trabalhadores (PT). Somos trabalhadores e estudantes que militam diariamente em defesa dos direitos do povo explorado do país.

Durante as manifestações desta segunda-feira participamos em peso, não para tomar o movimento de assalto, mas para engrossar as fileiras daqueles que estão indignados com a corrupção e os altos gastos com os estádios da Copa. Ali encontramos pessoas que dialogaram conosco e pessoas que eram contra a presença de partidos políticos. 

Ficamos na manifestação até o fim e não foi preciso sermos escoltados pela polícia. O que foi dito em matéria do Correio Braziliense da última segunda não aconteceu. Uma pequena minoria rejeita a diferença de ideias, mas isso não é o suficiente para tumultuar uma manifestação popular de milhares de pessoas.

Vamos participar de todas as mobilizações contra a elite corrupta deste país. Sabemos que o movimento é plural, e fazemos parte dessa pluralidade. Os trabalhadores e a juventude brasileira finalmente entraram na onda de indignação que tomou conta da Europa e do Oriente Médio. Até a vitória!

sábado, 15 de junho de 2013

Manifestação em Brasília mostra indignação com os desmandos da organização da Copa

Hoje (15/06) Brasília se somou aos protestos que estão ocorrendo no país inteiro. Mais de 5 mil pessoas mostraram indignação com os gastos para a construção do Estádio Nacional de Brasília, onde foi feita a abertura da Copa das Confederações. O ato também foi em solidariedade às manifestações contra o aumento das passagens nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia.

Foi um balde de água fria na festa que o governo fez para justificar a gastança de mais de um bilhão de reais com um estádio que vai ser usado apenas na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. A indignação chegou dentro do estádio, com milhares de pessoas vaiando à presidenta Dilma Rousseff, que sequer conseguiu fazer seu discurso.

A polícia, como sempre, reprimiu. Pessoas foram feridas por cassetetes e balas de borracha, muito spray de pimenta e bombas de gás lacrimogênio e efeito moral, com um saldo de 26 manifestantes feridos e 32 presos. A manifestação começou com a pessoas andando pacificamente no Eixo Monumental, principal via da cidade, chegando à entrada do estádio. Quando os manifestantes começam a se dispersar os policiais começaram a agir com violência.

Isto não tirou o ânimo dos trabalhadores e da juventude. O PSTU-DF repudia agressões da polícia na manifestação e no ato “Copa pra quem?”, acontecida no dia anterior, e se solidariza com manifestantes presos. Esta é a primeira de muitas manifestações aqui na cidade que vão denunciar a maneira como as obras da Copa das Confederações e do Mundo foram conduzidas e repúdio à repressão e à precariedade dos transportes públicos.

Povo reage

A manifestação mostra que o povo não vai ficar cego com a festa armada pela FIFA e pelo governo Dilma. Em todo o país a população tem se mostrado indignada com o aumento do preço dos alimentos, das passagens e com os gastos indecentes dos estádios da Copa do Mundo. A popularidade de Dilma já caiu 10% nos últimos dias.

O futebol é uma paixão nacional. Mas isto não é desculpa para que o governo gaste bilhões de reais em um evento que só dura alguns dias. Além disso, o ingresso é caro e a maioria absoluta do povo só tem condições de ver o jogo pela televisão, como se a Copa fosse em outro país.


Militantes do PSTU marcam presença

Em Brasília, assim como em todo o país, a militância do PSTU tem marcado presença nos recentes protestos. Somos um partido voltado para a organização e ação da classe trabalhadora e a juventude. O partido é formado por estudantes, bancários, professores, metalúrgicos e trabalhadores de outras categorias que defendem um mundo livre, igualitário e socialista.

Respeitamos aqueles que não têm uma opção partidária. Mas repudiamos aqueles que não respeitam o direito democrático de uma pessoa a pertencer a uma organização. Alguns presentes no ato do dia 15 em Brasília tiveram uma postura autoritária e não queriam deixar a militância do PSTU se manifestar. Esta postura só ajuda a polícia, o governo e a classe dominante, pois divide os lutadores.

O preconceito contra os partidos tem a sua justificação histórica, tanto pelo papel de aluguel das legendas burguesas, como pela nefasta atuação dos principais partidos da esquerda brasileira (PT e do PCdoB), que capitularam à democracia dos ricos e estão à frente dos governos (inclusive à 10 anos no governo federal com Lula e Dilma e agora no GDF com Agnelo), levando também às principais entidades do movimento social brasileiro (UNE, CUT, etc) à paralisia. Esse repúdio contudo não pode impedir os trabalhadores e juventude de se organizar para enfrentar a burocracia sindical e a burguesia, que age centralizada e internacionalmente com suas forças armadas e midiáticas. Para enfrentar esse inimigo poderoso é preciso organização à altura.

Temos orgulho de militarmos no PSTU. Temos orgulho de levantar nossa bandeira e mostrar que somos um partido que não se vendeu.  De um partido que defende as lutas cotidianas da classe trabalhadores e segue firme na luta nos sindicatos, movimentos contra opressões, entidades estudantis e populares. E também defende uma transformação radical na sociedade. Milhares de pessoas morreram no Brasil defendendo liberdades democráticas e poder levantar bandeiras. Por isto hoje não abrimos mão de defender nosso partido e nosso programa político.

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Atualizado em 17/06/2013 às 16h22

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Todo apoio à greve dos trabalhadores da CEB

Os trabalhadores Companhia Energética de Brasília (CEB) estão em greve exigindo da empresa o pagamento da PLR. Nós do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) prestamos toda solidariedade a estas lutas dos servidores distritais.

 

Sabemos que o governo Agnelo só concede algum benefício aos trabalhadores na base da greve. Foi assim com os professores. A reestruturação da carreira aprovada recentemente pela Câmara Legislativa foi fruto da grande greve de 2012, que durou 52 dias. Várias categorias entraram em greve durante o atual governo, como recentemente fez os trabalhadores do socioeducativo e da Caesb. O pessoal do Detran e da saúde também estão parados.

 

O governador fez algumas concessões recentes para garantir a paz durante a copa das confederações, copa do mundo e eleições. Ele diz que isto é uma prova de que dá atenção aos servidores. Mas sabemos que o governo gastou mais de um bilhão de reais com um estádio que só vai servir para a copa do mundo. Também sabemos que o governo deixou os trabalhadores da CEB sem PLR e distribuiu R$ 29 milhões para os acionistas privados, alguns declaradamente especuladores de mercado.

 

Só a luta muda a vida. Os servidores do Distrito Federal estão dando seu exemplo. Suas reivindicações são justas. Os militantes do PSTU sempre estiveram nas greves dos servidores públicos e dão todo o apoio ao atual movimento. Até a vitória!

 


PSTU Brasília

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Todo apoio às greves dos servidores do Distrito Federal


Os trabalhadores da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Departamento de trânsito do Distrito Federal (Detran) e do sistema socioeducativo estão em greve. Nós do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) prestamos toda solidariedade a estas lutas dos servidores distritais.

 

Sabemos que o governo Agnelo só concede algum benefício aos trabalhadores na base da greve. Foi assim com os professores. A reestruturação da carreira aprovada recentemente pela Câmara Legislativa foi fruto da grande greve de 2012, que durou 52 dias. Várias categorias entraram em greve durante o atual governo, como polícia civil e servidores da Companhia Energética de Brasília.

 

O governador fez algumas concessões recentes para garantir a paz durante a copa das confederações, copa do mundo e eleições. Ele diz que isto é uma prova de que ele dá atenção aos servidores. Mas sabemos que os salários estão sempre defasados em relação à inflação. Também sabemos que o governo gastou mais de um bilhão de reais com um estádio que só vai servir para a copa do mundo e sequer tem banheiros que funcionam.

 

Só a luta muda a vida. Os servidores do Distrito Federal estão dando seu exemplo. Suas reivindicações são justas. Os militantes do PSTU sempre estiveram nas greves dos servidores públicos e dão todo o apoio ao atual movimento. Até a vitória!

 

PSTU Brasília

sábado, 11 de maio de 2013

Governador do Distrito Federal, após sancionar lei que pune a discriminação a LGBTs diz que tudo não passou de um erro e a revoga!





Por Luth Laporta, de Brasília; e Lucas Brito, de São Paulo.

           
         Na manhã do dia 09/05, os LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) do Distrito Federal pensaram que teriam motivos para comemorar um avanço parcial no combate à opressão a que estão submetidos. Isso porque após 13  anos de espera após a aprovação, a lei que penaliza estabelecimentos que discriminem LGBTs no âmbito do DF foi regulamentada. O governador Agnelo Queiroz, do PT, pressionado pelo movimento LGBT, teve de ceder e sancionar a lei 2.615/00.

         O espírito de vitória, no entanto, durou apenas algumas horas. Na tarde do mesmo dia o deputado distrital Evandro Garla (PRB-DF), da base aliada do Governo Agnelo, presidente da Frente Parlamentar da Família e vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, reuniu-se com o governador e o pressionou para que revogasse o decreto que regulamentou a lei. Segundo Garla, em nota por ele lançada logo após a publicação do decreto no Diário Oficial, "A decisão é polêmica e constrangedora, uma vez, que os princípios cristãos obedecem regras que Deus criou o homem para a mulher e vice-versa. E a nossa sociedade não pode ser punida e discriminada por não concordar com essa união. Todos nós temos opiniões pessoais e merecemos respeito. Para esclarecimento da família no DF, em relação a Lei regulamentada hoje (9-5), gostaria de informa-los que estarei junto com outras lideranças evangélicas para garantir os direitos da família constituída por Deus."Logo depois dessa conversa o Governado resolveu anular a lei e, a partir da sua equipe de comunicação, anunciou que tudo não passou de um erro de tramitação no gabinete.



         Só no último ano o Brasil registrou 338 assassinatos a LGBTs (dados do GGB). Cotidianamente, no trabalho, nas ruas, nas escolas e universidades, LGBTs são vítima de discriminação com piadas, restrições de direitos e violência. O discurso de ódio do Dep Federal e Pastor Marco Feliciano, assim como do Bolsonaro, Silas malafaia e tantos outros não é uma mera expressão de opinião. Homofobia não é opinião e tem que ser crime.  Dessa forma, o Governador Agnelo Queiroz do PT, reafirmou sua submissão aos setores mais reacionários da política do DF, visando a manutenção de sua tão preciosa governabilidade, uma vez que a grande maioria dos fundamentalistas religiosos são da base do governo.



         O governador Agnelo baixa a cabeça perante as exigências da bancada homofóbica, seguindo o mesmo que Dilma fez com o programa “Escola Sem Homofobia”, vetado pela presidenta em acordo com a bancada evangélica para que o Palocci não fosse convocado a depor no Congresso Nacional sobre o Mensalão.


         Agnelo, aquele que é popularmente conhecido como AgNULO, que permite que o transporte público permanecesse degradante, um dos piores do país; que permite que o sistema público de saúde no DF atinja níveis ainda mais alarmantes do que no passado; que reprimiu professores quando estes lutavam por melhores condições de trabalho e qualidade das escolas do Distrito, cada vez mais precarizadas; que tudo o que tem para dizer sobre seu governo é a reconstrução do estágio Mané Garrincha para a Copa do Mundo no valor de 1,2 bilhões de reais; este mesmo Agnelo é AgNULO para os LGBTs do Distrito Federal. A revogação da lei 2.615/00 apenas comprova o atrelamento do Governador e de seu partido com os setores mais reacionários da política brasiliense.


O Descaso de Agnelo Não É Somente Com Os/As LGBTs, Mas Com Todos Os Trabalhadores e a Juventude do DF.



         Nós do PSTU reafirmamos a necessidade de combater a opressão que acomete os LGBTs. Criminalizar a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, nos moldes do PLC 122 original, que equipara a homofobia, lesbofobia e transfobia ao racismo, é essencial para isso. A lei 2.615/00 é de extrema importância para os LGBTs do DF, mas é limitada a estabelecimentos comerciais e administrativos do governo distrital, uma vez que a real criminalização da discriminação por orientação sexual e identidade de gênero só pode ser feita pelo Governo Federal. Além disso, tal discriminação não será combatida com um mercado "friendly", um "mercado pink", especializado em atender o público LGBT. Isso não contempla o LGBT trabalhador e pobre, que sofre a opressão de forma mais perversa.

     O mercado, ainda que pareça respeitar os LGBTs, pode no máximo reconhecê-los enquanto consumidores, nunca como sujeitos de direitos e a democracia, num Estado capitalista, não tem condições de promover a cidadania, mas sim um discurso falacioso que traz consigo este termo.

         Reafirmamos a necessidade de aprovar leis que garantam os direitos de LGBTs e estamos na luta cotidiana pelos direitos humanos, mas não é somente isso o que extinguirá a homofobia, a lesbofobia e a transfobia. Para tanto, é necessário que homens e mulheres, negros e brancos, LGBTs e heterossexuais trabalhadores se unam com o mesmo propósito: construir uma sociedade livre da exploração e da opressão, o que só será possível numa sociedade socialista.