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sexta-feira, 18 de março de 2011

CSP-Conlutas convoca protesto contra a visita de Obama no Brasil

Atos acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília


www.pstu.org.br




• Ao mesmo tempo em que a Embaixada norte-americana e o governo brasileiro preparam o palanque para a recepção de Barack Obama no país, sindicatos e movimentos sociais preparam uma outra recepção ao presidente. A CSP-Conlutas está convocando protestos no Rio contra a vinda de Obama e o imperialismo norte-americano.


A convocação para a organização de atos públicos contra o presidente norte-americano foi aprovada por unanimidade durante a reunião ampliada da Executiva nacional da entidade, realizada nesse dia 15. Estiveram presentes na reunião, além de sindicatos, oposições e movimentos que compõem a CSP-Conlutas, partidos como o PSOL e o PSTU e entidades como o Jubileu Sul.


Foram aprovados dois atos públicos, um para a próxima sexta-feira, dia 18, às 16h na Candelária e outro para domingo, no Largo do Machado, durante o discurso de Obama.


Por que protestar contra Obama?


As manifestações vão denunciar os interesses do imperialismo norte-americano sobre o petróleo do Pré-Sal, e os acordos que serão assinados com o governo Dilma para entregar o recurso aos EUA. Também serão denunciados os planos de livre comércio entre Brasil e os EUA, que pretendem retomar a ideia da Alca.


Os manifestantes também vão exigir que os EUA não invadam a Líbia e que parem de intervir contra a revolução árabe. Vão ainda protestar contra a ocupação ianque do Iraque e do Afeganistão, assim como exigir a retirada das tropas brasileiras do Haiti, que estão lá a serviço das multinacionais norte-americanas.


Nesta quarta, dia 16, vai ocorrer uma plenária para ampliar as forças envolvidas no protesto, assim como organizar a manifestação. A plenária ocorre às 18h na sede do Sindipetro-RJ.


Outros estados


Além do Rio, outras cidades terão protestos contra o imperialismo. Em São Paulo, a manifestação será na sexta-feira, 18, na Praça do Ciclista, cruzamento da Avenida Paulista e Rua da Consolação.

Em Belo Horizonte, é o PSTU quem está organizando a manifestação. Além de protestar contra a presença do presidente norte-americano, os companheiros vão defender as revoluções no mundo árabe e exigir a queda do ditador Kadafi na Líbia. O ato será na Praça Sete, a partir das 16h.


Ao chegar ao Brasil, Obama participa de atividades em Brasília. Ativistas estão chamando na internet um protesto na Esplanada dos Ministérios, no sábado, às 10h.


*Com informações da CSP-Conlutas-RJ


SERVIÇO:

Rio de Janeiro


17/3, quinta-feira, 18h


Plenária de organização do ato


Local: SINDJUSTIÇA (Travessa do Paço, 23, 13º andar






18/3, sexta-feira, 16h


Ato público na Candelária






20/3, domingo, 10h


Ato público no Largo do Machado




São Paulo


18/3, sexta-feira, 17h


Protesto na Praça do Ciclista


(Cruzamento da Avenida Paulista e Rua da Consolação)



Belo Horizonte


18/3, sexta-feira, 16h


Ato público na Praça Sete


Brasília


19/3, sábado, 9h


Manifestação na Esplanada dos Ministérios


Baixe o Cartaz OBAMA GO HOME

Faixa CSP-CONLUTAS Obama Go Home!



Não à entrega do Pré-Sal! Obama GO Home!

Faixa da CSP-CONLUTAS sobrevoa ipanema na manhã desta sexta-feira.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Julgamento dos Assassinos de Gildo Rocha

Gleicimar de Sousa Rocha (viúva)


O Júri será realizado no Dia 17/03/2011 (quinta-feira) às 9hs Tribunal do Júri da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília no Anexo II do Palácio da Justiça, Bloco B, Ala C, Térreo, Plenário - Brasília/DF



SOMOS TODOS GILDO! CHEGA DE IMPUNIDADE! PUNIÇÃO PARA OS ASSASSINOS!


No dia 17/03/2011 (quinta-feira) às 9hs, será realizado o julgamento do acusado pelo assassinato de Gildo da Silva Rocha, militante do PSTU e dirigente do Sindser - (sindicato dos servidores do Distrito Federal)


Em 2000, o então governador Joaquim Roriz, tinha dado ordem de reprimir violentamente a greve dos trabalhadores do Serviço de Limpeza Urbana- SLU, Gildo Rocha, um dos líderes da greve, saiu de casa de madrugada no dia 6 de outubro para uma atividade da greve. Policiais a paisana o abordaram e, na perseguição, foram disparados 17 tiros contra seu carro, e um deles o atingiu nas costas.


Para esconder o covarde crime, os policiais afirmaram que Gildo estava em atividade suspeita, e que ele foi o primeiro a disparar. Colocaram arma e drogas em seu carro que veio a ser desmentido através do laudo dos peritos da Policia Civil do DF, ficando provado que Gildo não tinha consumido droga e que não tinha feito nenhum disparo de arma de fogo.O processo cível aberto para responsabilizar o Governo do Distrito Federal pelo assassinato, e exigir indenização para esposa e dois filhos, também não deu em nada, segundo os juízes os herdeiros não têm direito a indenização pois Gildo provocou a própria morte.


No dia do julgamento precisamos reunir o máximo de gente possível no forum para juntos exigirmos justiça.


GILDO PRESENTE!!!


GILDO PRESENTE!!!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Crise na Líbia divide espaço com sátira à política nacional no Pacotão

Correio Braziliense - Ciência e Saúde - Crise na Líbia divide espaço com sátira à política nacional no Pacotão

Crise na Líbia divide espaço com sátira à política nacional no Pacotão




Diversas faixas citavam o presidente da Líbia, Muammar Khadafi, que enfrenta uma guerra civil em seu país

A sátira à política nacional dividiu espaço com temas internacionais no Pacotão deste ano. A crise política no Oriente Médio e no norte da África não passou despercebida no bloco mais tradicional da capital federal, que hoje (8/3) fez o segundo desfile no carnaval de 2011.

Diversas faixas citavam o presidente da Líbia, Muammar Khadafi, que enfrenta uma guerra civil em seu país. Os dizeres seguiam a irreverência tradicional do bloco. “Khadafi não leva mais a Líbia na lábia”, citava uma faixa.

Até o boneco do Charles Preto, presença tradicional no Pacotão, carregava um lenço árabe. “Quero passar a mensagem de que a democracia é mais importante que tudo”, disse o bancário Arimateia Lima, 57 anos, que carregava o boneco num jipe.

O boneco do Charles Preto fazia referência ao diretor do Departamento de Turismo do Distrito Federal durante a ditadura militar, Carlos Black Pereira. Em 1978, quando o Pacotão foi fundado, ele ameaçou impedir o desfile. Em homenagem a Carlos Black, os criadores do bloco criaram o boneco e o nomearam presidente vitalício e simbólico do Pacotão.



Com muita criatividade e irreverência os políticos do DF envolvidos em escândalos não foram esquecidos pelos foliões

Apesar dos temas internacionais, a política nacional continuou a ter destaque no Pacotão. Nem escândalos recentes foram deixados de lado. Diversas faixas faziam menção à deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), flagrada num vídeo obtendo recursos ilegais para a campanha eleitoral de 2006.

“Jaque, cadê meu dinheiro? Você viajou? Me liga, mulher”, dizia uma faixa. Outra foliã comparava a deputada ao pai, o ex-governador Joaquim Roriz. “Tal pai, tal filha”, criticava a faixa.

O governo da presidenta Dilma Rousseff também foi satirizado. “Dilminha tesourão, tesourão chegou cortando tudo”, mencionava uma faixa, referindo-se ao corte de R$ 50 bilhões no Orçamento deste ano. A eleição de celebridades para o Congresso Nacional não ficou de fora. “Tiririca, Popó e Romário: Tropa de Elite 3 na Câmara dos Deputados”, citava outra faixa.

Mais uma vez, o corretor de seguros Jafé Tôrres, 70 anos, desfilou vestido como o ex-presidente e atual senador Itamar Franco. Uma placa pendurada no pescoço justificava a volta de Itamar ao cenário político nacional: “Dilminha, abra o olho. Estou aqui de novo”.

No Dia Internacional da Mulher, elas foram homenageadas. Ao longo do percurso, o locutor do trio elétrico dedicava o desfile às mulheres. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 2 mil pessoas acompanhavam o Pacotão no início da W3 Sul, uma das principais avenidas de Brasília. A tendência é o público aumentar até as 22h, quando acaba a festa.

Apesar do público maior que nos últimos anos, o clima era de segurança. Até a chegada na 504 Sul, às 20h14, a Polícia Militar não tinha registrado incidentes. Depois, em 10 minutos, a PM vistoriou a W3 para retirar os últimos foliões e liberou o trânsito. “Aqui, a diversão é para a família toda”, disse a costureira Leilian Alves, 45 anos, que há 22 anos desfila no bloco com a filha e, mais recentemente, com as duas netas.

Com informações da Agência Brasil

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulheres trabalhadoras em luta contra o machismo e a exploração

Dia Internacional de Luta das Mulheres


Ana Pagamunici, da Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU

• O dia 8 de março é o Dia Internacional de Luta das Mulheres. A data foi criada em 1910, por iniciativa da socialista Clara Zetkin, em referência às 129 trabalhadoras assassinadas da fábrica Cotton, nos Estados Unidos, em 1857.

Para as mulheres trabalhadoras, a data ganhou ainda mais sentido quando, em 8 de março 1917, as mulheres da Rússia saíram às ruas exigindo “paz, pão e terra” e ajudaram a detonar a revolução socialista no país.


A luta das mulheres hoje


A crise econômica mundial tem promovido uma escalada de ataques à classe trabalhadora, particularmente às mulheres. Em 2008, nos EUA, a contratação de trabalhadoras pelas montadoras de automóvel, em condições de precariedade e com menos direitos, tornou-se fundamental para amenizar os efeitos da crise. Na França, em 2009, o aumento da idade para a aposentadoria e a retirada de direitos dos servidores públicos também serviram para apressar uma recuperação parcial do capital, mas os conflitos continuam.

O que está em curso é uma política internacional de mudanças nas relações de trabalho, uma tentativa de estabelecer uma enorme precarização do trabalho (como na China) no mundo todo, em que os trabalhadores possam ganhar menos e os patrões, mais.


Os efeitos da crise também promoveram em escala mundial o aumento dos preços dos alimentos e o desemprego. As mulheres são as mais afetadas pelos efeitos da crise, pois representam quase 40% da população economicamente ativa, ganham os menores salários e são quase 70% dos mais pobres do mundo.

No Brasil, a crise internacional ainda não teve os mesmos efeitos. Mas o atual ciclo de crescimento não resultou em uma melhora de vida para as mulheres. É o contrário. O governo sustenta o país com o aumento da exploração dos trabalhadores. Contratam-se pessoas, mas os salários estão menores, com menos direitos. As mulheres são utilizadas para regular o preço da mão de obra, porque são mais “baratas” e ganham até 30% menos que um homem para uma mesma função. Isso piora muito quando falamos das mulheres negras.

O aumento dos preços dos alimentos, da tarifa de transporte, de energia e, de modo geral, da carestia de vida em nosso país tem colocado maiores dificuldades à vida das mulheres. De acordo com os dados da PNAD (2010), no Brasil, as mulheres são a maioria da população (52%). Também estudam mais que os homens, mas estão nos postos de trabalho com menor remuneração.

A eleição de uma mulher à Presidência


A eleição de uma mulher à Presidência da República e, com ela, o aumento da presença feminina nos ministérios, não pode ser tratado como um fato menor. Estamos em um país no qual uma mulher é vítima de violência a cada dois minutos. E, a cada duas horas, morre uma vítima dessa violência. O Brasil é um dos países mais atrasados em direitos e avanços mínimos em relação aos direitos da mulher. Eleger uma delas significa algo importante: que as massas expressam de maneira distorcida o sentimento e a esperança de ver mudanças. No caso de Dilma, como a continuidade de Lula.

Mas os fatos vão demonstrando o que as ilusões ocultam. Dilma foi eleita num contexto de grande retrocesso na consciência. Uma eleição fria, em que predominaram aspectos conservadores e de adaptação à ordem estabelecida. Seu primeiro (des)serviço às mulheres foi ter transformado em moeda de troca uma bandeira histórica das trabalhadoras, a luta pela legalização e descriminalização do aborto. Com a chamada Carta ao Povo de Deus, ignorou as inúmeras que morrem todos os dias vítimas de procedimentos mal sucedidos e se dirigiu à população para se comprometer com os setores que lucram com a não-legalização do aborto. Lembremos que o aborto é proibido somente para as mulheres trabalhadoras, pois as mulheres burguesas têm dinheiro suficiente para pagar pela intervenção em uma clínica.

Em seguida, sua primeira ação importante como governante foi impedir o aumento do salário mínimo. Dilma defendeu que o reajuste não poderia superar R$ 35 “para não quebrar o país”, mas se calou diante do aumento de 62% no salário dos deputados e de 133% para ela própria. Como pode uma mulher eleita com a promessa de melhorar a vida dos mais pobres e honrar as mulheres ser contra um aumento maior do salário mínimo?

Mas Dilma não parou por aí. Através da imprensa, o governo cogita a possibilidade de criar uma idade mínima para aposentadoria - dos homens para 65 anos e das mulheres para 60 anos. Dilma já cortou R$ 50 bilhões do orçamento, retirando dinheiro de áreas essenciais. Suspendeu concursos públicos, que são possibilidades de empregos para as mulheres. E sequer fez algum pronunciamento contra a violência que aflige as mulheres haitianas, vítimas de soldados brasileiros no Haiti.

Tudo isso mostra que não basta ter uma mulher à frente do governo para que os interesses das mulheres trabalhadoras sejam atendidos. Para o PSTU, a eleição da Dilma é a continuidade de um governo que não está a serviço das mulheres trabalhadoras. É uma grande aposta da burguesia, que se apoia na ilusão das pessoas para continuar explorando os trabalhadores.

Violência, direito à maternidade e machismo


A última pesquisa da Fundação Perseu Abramo mostra com clareza os índices de violência contra a mulher em nosso país. A cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas. A Lei Maria da Penha é insuficiente para resolver isso. Não prevê investimentos na construção de casas-abrigo e punição aos agressores. Mal a lei é aplicada e, quando o é, mostra não ser capaz de resolver a violência, que está ligada muito mais às condições de vida das mulheres.

O Estado também pratica essa violência quando se nega a garantir os direitos básicos às mulheres. O direito à maternidade é um deles. Enquanto o governo proíbe o aborto, não dá garantias para as mulheres que optam pela maternidade. A licença-maternidade de seis meses não vale para todas. Também não há creches para os filhos das mulheres trabalhadoras. Mais de 85% das crianças de 0 a 3 anos estão fora das creches.

Nas ruas, contra o machismo e a exploração


Neste 8 de março, vamos tomar os ensinamentos das mulheres árabes, que estão fazendo revoluções, e sair às ruas contra o machismo e a exploração. Precisamos construir grandes atos para demonstrar nossa força e unidade de ação para enfrentar os governos e patrões.

Lutamos por:


– Dobrar o valor do Salário Mínimo rumo ao piso do Dieese (R$ 2.227)!
– Salário igual para trabalho igual!
– Anticoncepcionais para não abortar. Aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!
– Direito à maternidade: a) licença-maternidade de seis meses para todas as trabalhadoras e estudantes, sem isenção fiscal, rumo a um ano; b) creches gratuitas e em período integral para todos os filhos da classe trabalhadora.
– Pelo fim da violência contra a mulher! Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha! Construção de Casas-abrigo! Punição aos agressores!
– Pelo fim da ocupação militar no Haiti. Fora as tropas brasileiras!
– Solidariedade e apoio às revoluções árabes!

No 8 de março, as mulheres vão botar o bloco na rua

Confira, abaixo, a programação completa.


São Paulo


12 de março, 9h


Concentração em frente à Igreja da Consolação, no centro São Paulo






Rio de Janeiro


8 de março, às 16h


Bloco “Maria vem com as outras”


Concentração na Fundição Progresso






17 de março, 16h


Panfletagem na central do Brasil






22 de março


Ato político de pré-lançamento do Fórum Estadual de Luta contra a Violência à Mulher


Local e horário a confirmar






Brasília


8 de março


Bloco do Pacotão, que sai às ruas todos os anos com um tema político. Esse ano o tema será a revolução árabe.






Pará


12 de março, às 9h


Palestra: “8 de março: Contra o machismo e a exploração; em defesa da mulher trabalhadora”


No acampamento do MTST (Estrada do Outeiro)






Piauí


5 de março


Participação no Bloco Sanatório Geral






Maranhão


4 de março, às 19h


Ato de lançamento e festa do bloco


Na Sede Recreativa do Sindicato dos Bancários (Turu, São Luís), com animação da cantora Tássia Campos e Banda






8 de março


Desfile na Passarela do Samba. Fantasias, abadás, bandeiras, faixas e estandarte denunciando a violência contra a mulher e a situação da mulher trabalhadora e se solidarizando com as mulheres haitianas e do Oriente Médio.






Minas Gerais


11 de março


Ato unitário em comemoração ao Mês da Mulher. Temas: combate à violência contra as mulheres e luta pelo direito à moradia.






12 de março


Debate: “Como a crise econômica afeta principalmente as mulheres no país e no mundo”. Palestrantes do Ilaese, MML e Quilombo Raça e Classe


A confirmar: espetáculo teatral

domingo, 6 de março de 2011

8 de março de 2011, Dia Internacional da Mulher

PSTU pula o carnaval denunciando o machismo

http://www.pstupe.org.br/products/pstu-pula-o-carnaval-denunciando-o-machismo-/?sms_ss=facebook&at_xt=4d725e2154d6d514%2C0

Além da estréia do bloco, o Partido distribuirá leques contra violência à mulher

Com o Dia Internacional da Mulher caindo na terça-feira, 8 de março, as bandeiras feministas tomam conta deste carnaval. O PSTU em Pernambuco trás como tema para o primeiro ano do bloco: Neste Carnaval... Nois toma partido das mulheres contra a violência. A folia será na terça-feira (8) e a concentração às 10h, em frente à barraca do PSTU, por trás do posto de saúde, na Praça do Carmo em Olinda.

Além dos blocos formados por mulheres, outras iniciativas buscam trazer a defesa das mulheres para a folia. Nos dias de festa, o PSTU distribuirá um leque comemorativo ao 8 de março, com a frase “Neste carnaval, respeite as mulheres”. O leque condena a violência machista e ressalta que é preciso respeitar a mulher não só no seu dia, mas “o ano inteiro”.

“Foi a forma que encontramos de brincar carnaval conscientizando”, diz Vera Nepomucemo, da Secretaria de Mulheres do partido. O tema da violência foi escolhido diante do aumento dos casos e até de assassinatos contra mulheres, mesmo com a Lei Maria da Penha. “A cada quarenta segundos, uma mulher sofre alguma agressão física no País. Infelizmente, a impunidade e a dependência econômica fazem com que esse atraso continue”, denuncia Vera.

O partido também pretende combater a exploração da imagem feminina. “Queremos dar um refresco no calor, mas também oferecer uma alternativa aos leques das cervejas, que exploram a imagem da mulher em suas propagandas e até no nome. Mulher não é objeto”, alfineta Vera. O material será distribuído em diversas cidades do país, com destaque para os blocos de Recife, Rio de Janeiro, Aracaju, São Luis e Salvador.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Fora as mãos imperialistas da Líbia!

Pelo triunfo da resistência na Líbia, abaixo Kadafi!


http://www.litci.org/

• Muammar Kadafi está respondendo com violência militar à insurreição contra sua ditadura de 42 anos. A guerra civil desatada está provocando milhares de vítimas. Kadafi usa a artilharia pesada e a aviação contra as cidades e os bairros da capital, que ainda está em suas mãos. O ditador não está utilizando sua máquina militar só contra as massas que se armaram, mas também contra a população desarmada, ao melhor estilo de Hitler.

Kadafi ameaça várias cidades com bombardeios aéreos, caso não mostrem apoio incondicional a ele. Centenas de milhares de tunisianos e trabalhadores imigrantes de outros países estão fugindo do massacre. Apesar de sua brutal resposta, a insurreição tem tomado o controle de grande parte do país, e as milícias populares estão se dirigindo à capital Trípoli para expulsar o ditador, mas ele continua realizando duros contra-ataques. Não há nada definido, mas aparentemente Kadafi está perdendo a guerra.

IMPERIALISMO

O imperialismo esteve em silêncio por vários dias desde o começo da insurreição. Mas ao ver que Kadafi não conseguiria detê-la, pediu ao ditador para não usar mais a violência e negociar com a oposição. E só agora, quando vê que a insurreição pode triunfar, está propondo que ele deixe o poder para ser julgado.

A Líbia é um importante exportador de petróleo e gás, principalmente para a Europa e os EUA. Recordemos que o imperialismo, particularmente o europeu, sustentou por anos o regime de Kadafi. O ditador e sua família são parte da burguesia europeia, pois estão unidos a ela em múltiplos negócios. Em todos estes anos ninguém exigiu nenhuma medida de democratização nem que ele deixasse de reprimir e torturar.

Diante da força da insurreição, o imperialismo tem sido obrigado a se diferenciar de Kadafi, esperando encontrar uma solução negociada. No Egito o imperialismo tem seus colaboradores diretos no exército, que ficou intacto, e está tentando desmobilizar as massas para manter os pactos que unem o país ao imperialismo e assegurar a existência de Israel.

Ao se encontrar intacta a principal instituição do Estado burguês (o exército financiado há anos pelos EUA), o imperialismo não chegou a propor nenhuma intervenção armada no Egito. Além disso, ele percebe que no Egito a oposição ao regime não propõe a destruição desse exército. Ou seja, a situação egípcia é bem diferente da Líbia. Na Líbia o exército foi destruído. Parte dos soldados e oficiais desertou, passando para o lado da insurreição.

Não é uma divisão do exército onde há duas partes intactas. Ao lado de Kadafi, estão principalmente os mercenários estrangeiros com bons salários. A outra parte está dissolvida, os revoltosos. No lado da insurreição, milhares de pessoas tomam as armas do exército se organizando para acabar com a ditadura. A essas milícias armadas estão se unindo soldados e oficiais.
PERIGO PARA OS EUA

Políticos que ocupavam cargos no governo e diplomatas têm rompido com Kadafi. Muitos deles levaram toda a vida ao lado do ditador e só o abandonaram após a brutalidade de seu chefe diante das manifestações. Quando apareceram tentando montar um governo provisório, como fez o ex-ministro da Justiça de Kadafi, foram imediatamente desautorizados pela resistência.

Eis o verdadeiro problema enfrentado pelo imperialismo: a revolução pode derrubar Kadafi, destruir o exército, o povo se armar, mas não há clara oposição burguesa pró- imperialista.

Nestas condições, uma vitória das massas põe em perigo todo o controle imperialista de uma região sacudida pelo turbilhão revolucionário. Por isso, o imperialismo começou a intervir. Se realmente o imperialismo desejasse ajudar a resistência, teria entregado armas a ela. Mas o que o imperialismo quer é impedir o triunfo das massas líbias e impedi-las de controlar o país. O repúdio internacional ao massacre de Kadafi é utilizado pelo imperialismo para justificar uma intervenção armada.

Esta intervenção militar já começou: barcos de guerra dos EUA estão situados na costa da Líbia. Obama e Clinton estão planejando o fechamento do espaço aéreo do país em nome da ONU. Isso significaria que os aviões da Otan poderiam entrar na Líbia para destruir a aviação com o argumento de “proteger” a população civil de bombardeios.

O imperialismo, principalmente os EUA, começou a fazer declarações chamando a comunidade internacional a intervir para evitar um banho de sangue. Também está agitando o fantasma de que a Al Qaeda possa controlar zonas do país – mesmo argumento usado por Kadafi. Com essas declarações o imperialismo quer justificar o envio de soldados da ONU para “garantir a paz”.

Portanto, a ocupação da Líbia não está descartada e pode se utilizada num cenário de uma longa guerra civil neste país, ou quando Kadafi cair e a crise levar a um vazio de poder. Caso o imperialismo consiga levar a cabo uma ocupação, a Líbia poderá ser uma nova colônia como é o Haiti, hoje controlado por tropas a serviço do imperialismo.

Frente à intervenção militar imperialista na Líbia devemos saudar a iniciativa da resistência, que deixou claro que não vai aceitar nenhum tipo de intervenção. Em Bengasi, quando a resistência escutou as declarações de Hillary Clinton, grandes cartazes apareceram dizendo que não querem a intervenção dos EUA.

Para acabar com Kadafi os líbios podem e devem contar com a ajuda de todo o povo árabe, antes que o imperialismo possa intervir para impedir sua vitória. Há uma grande solidariedade vinda da Tunísia e do Egito. Agora é necessária a insurreição, além de alimentos e medicamentos, e também armas e munições para que se organizem milícias armadas árabes, desde o Egito e a Tunísia, para combater junto a seus irmãos líbios.

REPUDIAR INTERVENÇÃO

O triunfo da revolução na Líbia vai ser uma grande vitória da revolução árabe, que dará novo impulso às revoluções em curso e seguramente produzirá novas mobilizações em outros países. Pelas suas características, bem mais profundas ao destruir ao exército, a revolução líbia pode impulsionar a revolução árabe, pondo em questão o controle imperialista da região e, especialmente, os governos e regimes que tentam estabilizar seus países depois da queda dos ditadores.



Os trabalhadores e os povos do mundo devem estar ao lado da revolução líbia, contra a ditadura de Kadafi, e impedir que o imperialismo possa invadir este país. É necessário desmontar a campanha realizada nos países imperialistas que tenta justificar uma intervenção militar. É preciso se mobilizar contra os governos que preparam os planos de ocupação.
Devemos nos mobilizar em todos os países contra os planos imperialistas de derrotar a revolução do povo líbio!

Pelo triunfo da resistência!

Viva a revolução líbia!

Terça, 1 de março de 2011

Secretariado da Liga Internacional dos Trabalhadores - Quarta Internacional

www.litci.org

Evento discute impacto da copa no mundo no DF

Dia 12 de março, às 14:00 horas, participe do Seminário:


Copa 2014:



O Direito à Cidade e o Impacto dos
Megaeventos nas comunidades do DF

Mesa de Abertura:

José Cruz - jornalista esportivo, que mantém blog no UOL

Carlos Vainer - Professor de Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Rural da UFRJ

Gilda Carvalho - Procuradora dos Direitos do Cidadão

Tânia Battella - Arquiteta

Representante do MST (moderador)


Local: FENASPS - CONIC (Ao lado do Venancio V)

Organização: Comitê Popular da Copa no DF