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quarta-feira, 30 de junho de 2010

PSTU lança Rodrigo Dantas ao GDF

Bom Dia DF - Rede Globo.

Mais um partido político realiza convenção e decide lançar candidato ao governo do Distrito Federal. PSTU oficializa a candidatura de Rodrigo Dantas.

Cerca de 40 pessoas participaram da convenção do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado. O PSTU oficializou a candidatura de Rodrigo Dantas ao governo do Distrito Federal em um auditório no Conic. Ele é casado e tem um filho. Rodrigo nasceu no Rio de Janeiro, em 1968. Fez graduação, mestrado e doutorado em Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Rodrigo Dantas veio para Brasília em 1995, no mesmo ano em que começou a dar aulas na Universidade de Brasília. Atualmente, é professor de Ética e Filosofia Política. Presidiu a Associação dos Docentes da UnB. Foi vice-presidente da Associação Nacional de Docentes de Ensino Superior de 2008 até o início deste ano. Um dos fundadores do PSol, concorreu ao Senado Federal em 2006 pelo partido. E filiou-se ao PSTU no ano passado.

“Nos podemos governar sem aliança com a burguesia, com os patrões. Nós podemos governar de tal forma nas escolas, nas universidades, nas fábricas e em todos os lugares”, ressalta o candidato do PSTU Rodrigo Dantas.

Esta é a terceira vez que o PSTU lança um candidato ao governo do Distrito Federal. A vice é Rosa Olímpia, do mesmo partido. A legenda não fará nenhuma coligação nestas eleições.

As principais propostas para governar o DF são estatizar os serviços públicos com o fim dos contratos terceirizados e a participação efetiva dos trabalhadores; democratizar radicalmente o Estado pela formação de conselhos em cada comunidade, e concentrar os recursos públicos em educação, saúde, saneamento, energia, moradia, cultura, lazer, trabalho e transporte.

O partido também oficializou a candidatura de Robson Raimundo ao Senado. E anunciou três filiados que vão concorrer à Câmara dos Deputados e dois que vão tentar vaga na Câmara Legislativa.

“Os trabalhadores terão as suas bandeiras, os seus programas, levantados e apresentados pela nossa candidatura”, enfatiza o presidente PSTU Antônio Ricardo Guillen.

Luísa Doyle / Edvaldo Lachu

terça-feira, 22 de junho de 2010

Todo Apoio à Greve dos Rodoviários do DF!

Os trabalhadores rodoviários do DF estão em greve desde a segunda-feira dia 20 de junho, por sua campanha salarial. Reivindicam reajuste de 20%, manutenção da jornada de 6 horas, e outros benefícios do acordo coletivo anterior.

O PSTU vem demonstrar todo o seu apoio à luta dos companheiros rodoviários, que estão entre os trabalhadores mais mal pagos do DF, e que o trabalho é tão importante para o cotidiano da cidade.

As empresas de ônibus vêm agora com um pedido ao governo distrital de aumento das tarifas, alegando que só assim é possível atender as reivindicações dos trabalhadores rodoviários. Esta é apenas uma manobra dos empresários, para conseguir com esta greve aumentar ainda mais seus lucros, e colocar a população contra a greve.
Os empresários do transporte público no DF estão entre os mais ricos e mais poderosos. Tudo isso às custas do péssimo serviço que prestam à população, com ônibus velhos, que demoram cerca de 40 a 50 minutos para passar, e quando passam estão lotados, além de ser uma das passagens mais caras do país. Os astronômicos lucros também são por causa dos baixos salários e péssimas condições de trabalho oferecidas aos trabalhadores.

Agora os estudantes ainda estão sofrendo um duro ataque ao direito ao Passe Livre. Os empresários estão fazendo de tudo para limitá-lo ainda mais. Hoje, o estudante só tem direito a uma passagem, mesmo que precise pegar dois ônibus para ir para a aula. E agora querem reduzir ainda mais, limitando pela renda familiar o direito ao passe livre.

Nós, do PSTU queremos trazer a discussão sobre o transporte no DF para o centro de nossa campanha eleitoral e de nosso programa para o DF. A população tem o direito a ter um serviço de qualidade, com um preço justo.
Para isso, é preciso que o serviço de transporte público não esteja a serviço dos lucros dos empresários. Apenas com um transporte estatal, a passagem poderá ser oferecida pelo preço de custo, os trabalhadores poderão ter um salário melhor e melhores condições de trabalho. Assim os estudantes e os desempregados poderão ter passe livre ilimitado.

Todo apoio à greve dos rodoviários!
Por melhores salários e condições de trabalho aos rodoviários!
Por um transporte público a preço de custo e de qualidade!


Rodrigo Dantas, pré-candidato a Governador do DF pelo PSTU

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Seja Gildo na Internet


Troque sua imagem nas redes sociais e comunicadores pela imagem de Gildo Rocha, para protestar contra a impunidade

Gildo da Silva Rocha foi assassinado por policiais a paisana há 10 anos, em uma atividade de greve. Nesta terça, estava marcado o julgamento de um dos policiais envolvidos (o outro morreu em um acidente), que já havia confessado ter feito disparos naquela noite. Um ato foi realizado na porta do Fórum de Ceilândia, mas o julgamento foi adiado, por conta de um jurado e deve ser realizado apenas no final de julho.

Diante disso, o PSTU, partido do qual Gildo era militante, convida os ativistas de outros estados a formar uma corrente na internet nesta semana, trocando as fotos do orkut, facebook, MSN, Flickr, e demais espaços da internet. Durante esta semana, seremos todos um só, seremos todos Gildo!

Julgamento dos assassinos de Gildo Rocha dia 29/06

www.pstu.org.br

Foram dez anos de espera, de angústia que pareciam estar perto do fim, com o julgamento do policial civil Arnulfo Alves Pereira, nesta terça-feira, dia 8. No entanto, para decepção e revolta de militantes e parentes, o julgamento foi adiado no início da manhã, logo após o seu início.

A promotoria pediu o adiamento por causa de um dos jurados, que trabalha na SLU (Serviço de Limpeza Urbana) do governo do Distrito Federal, onde Gildo trabalhava. Por conhecer Gildo, obviamente, não poderia ter sido listado para fazer parte do júri. Novos jurados serão escolhidos e outro julgamento está marcado para o dia 29 de julho.

A servidora pública Gleicimar Souza Rocha, 40, viúva de Gildo, parecia não acreditar. “Ele trabalha lá há mais de vinte anos. Claro que conhecia o Gildo, me conhece também. Claro que não poderia estar entre os jurados”. Depois, ela perguntou ao jurado porque ele não avisou que conhecia Gildo. “Ele me disse que não sabia que o julgamento era o do Gildo”, afirmou.

Gleicimar conta que, nas últimas semanas, desde que o julgamento foi marcado, “só se fala nisso dentro da SLU. Todos os que conheciam Gildo querem um desfecho pro caso”. Muitos dos amigos de Gildo compareceram ao Fórum, para pressionar contra a impunidade. Eles participavam de um ato na entrada, com faixas, cartazes e camisas, exigindo justiça. Parentes de Gildo também viajaram, para acompanhar o julgamento. “Três irmãos de Gildo vieram de Aracaju esperando que a Justiça fosse feita”, conta Gleicimar.

O protesto na entrada reuniu cerca de 50 militantes do PSTU, sindicalistas do Distrito Federal. Eles foram impedidos de entrar com camisas exigindo justiça. Até mesmo a esposa de Gildo foi impedida. “Estava com uma camisa com uma foto do Gildo e me disseram que não poderia entrar daquele jeito”, conta.

Intimidação
Os manifestantes não puderam entrar com camisas, mas os policiais civis que foram até o julgamento exibiram armas e distintivos. Muitos teriam entrado armados no plenário e fizeram questão de que todos soubessem disso. “Eu estava lá na entrada e um policial que chegava perguntou ‘Pode entrar armado aqui? Porque eu tô armado’. Isso olhando pra mim”, contou Gleicimar. Ela reclama ainda que foi colocada em uma antesala, junto com testemunhas de acusação, tendo de ficar ao lado de policiais, no dia do julgamento.

Cerca de 20 policiais civis acompanharam o julgamento lá dentro exibindo seus distintivos. A tentativa de pressão fez com que até um promotor se manifestasse em plenário. “Há uma exibição de distintivo aqui hoje. Mas nada vai intimidar o Ministério Público.” O promotor lembrou que cabe ao Ministério investiga crimes de policiais e que isso vai continuar ocorrendo. Ao final, um promotor pediu que o próximo julgamento ocorresse em outro fórum, no plano piloto, e não no de Ceilândia.

Do lado de fora, o clima de intimidação era ainda maior, com ameaças. “Nós vamos matar todo mundo”, chegou a dizer um policial. Eles exibiam armas e intimidavam os manifestantes. “Em um momento, todos sacaram seus celulares e passaram a nos fotografar”, conta um dos manifestantes. “Entravam com pente de bala na meia”, conta.

REVOLTA E LUTA
A notícia do adiamento foi um banho de água fria. “Eu não entendi nada. Vi eles rindo do outro lado, comemorando. Aí percebi. Mas não podia fazer nada. Não podia chorar, porque não quero mostrar fraqueza nesse momento, não mostrei até agora. E nem podia protestar. Minha vontade foi de gritar, xingar”, conta Gleicimar. Mas ela garante que isso não impedirá de seguir buscando justiça. “Só vai adiar o meu sofrimento, mas não vai conseguir fazer com que eu desista. Meu sonho é ver ele preso”, afirma.

Ricardo Guilen, do PSTU de Brasília, conta que agora, com o adiamento, o partido deve intensificar a campanha contra a impunidade. “Estamos convidando todos os ativistas,, movimentos de Direitos Humanos, Sindicatos, todos, para nos unirmos nessa campanha, até o julgamento de 29 de julho. Não podemos permitir que esse crime do governo Roriz fique impune”, afirmou. Na internet, militantes do PSTU de outros estados começaram uma campanha, trocando suas fotos pela de Gildo. Eles devem manter essas fotos durante toda a semana.